Gota: uma revisão da literatura.
Resumo
A Gota ou também chamada de artrite gotosa é uma artropatia inflamatória desencadeada pelo excesso de ácido úrico que acaba se depositando, na forma de cristal de urato monossódico, na articulação. O ácido úrico é o produto final do metabolismo das purinas, que deve dissolver-se no sangue e ser eliminado através da urina. Quantidades excessivas de acido úrico podem surgir devido a erros inatos do metabolismo das purinas seja pela superprodução e/ou insuficiência na excreção renal de ácido úrico ou pode estar relacionado a condições ou enfermidades que elevam seus níveis séricos. O presente estudo baseou-se numa revisão da literatura que teve como objetivo salientar aspectos recentes da gota relacionados a patogenia, além de características clínicas, diagnóstico, prevenção e tratamento. Para a realização desta revisão, foram selecionados artigos científicos publicados em bancos de dados. Foram utilizados artigos publicados nos últimos 15 anos, nos idiomas português, espanhol e inglês. A Gota pode ser dividida em quatro fases: hiperuricemia assintomática, crise aguda, períodos intercríticos e gota crônica que podem evoluir para urolitíase e nefropatia úrica. A gravidade da doença é proporcional à frequência das crises agudas e a repetição desses quadros indica progressão do processo patológico.
Texto completo:
PDFReferências
Novaes G dos S. Gota. Rev Fac Ciências Médicas Sorocaba. 2008;10(2):1–6.
Sivera F, Andrés M, Carmona L, Kydd ASR, Moi J, Seth R, et al. Multinational evidence-based recommendations for the diagnosis and management of gout: integrating systematic literature review and expert opinion of a broad panel of rheumatologists in the 3e initiative. Ann Rheum Dis. 2014 Feb;73(2):328–35.
Miguel C, Mediavilla MJ. Abordagem actual da gota. Acta Med Port. 2011;24(5):791–8.
Bieber JD, Terkeltaub RA. Gout: On the brink of novel therapeutic options for an ancient disease. Arthritis Rheum. 2004 Aug;50(8):2400–14.
Sharaf El Din UA, Salem MM, Abdulazim DO. Uric acid in the pathogenesis of metabolic, renal, and cardiovascular diseases: A review. J Adv Res. 2016 Dec;1–57.
Sarmento JF, Cavalcante V de A, Sarmento MTR, Braz A de S, Freire EAM. Chronic tophaceous gout mimicking rheumatoid arthritis. Brazilian J Rheumatol. 2009;49(6):741–6.
Pinheiro G da RC. Revendo a orientação dietética na gota. Rev Bras Reumatol. 2008 Jun;48(3):157–61.
Batista JS, Wibelinger LM. Intervenções fisioterapêuticas no idoso portador de gota. Rev Context Saúde. 2011;10(20):1061–4.
Choi HK. Pathogenesis of Gout. Ann Intern Med. 2005 Oct 4;143(7):499.
Devlin TM. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. 7o. Blucher E, editor. São Paulo, SP; 2007. 1084 p.
Keenan RT. Limitations of the Current Standards of Care for Treating Gout and Crystal Deposition in the Primary Care Setting: A Review. Clin Ther. 2017 Jan;1–12.
Nguyen KV, Nyhan WL. Lesch–Nyhan Syndrome in a Family with a Deletion Followed by an Insertion within the HPRT1 Gene. Nucleosides, Nucleotides and Nucleic Acids. 2015 Jun 3;34(6):442–7.
Nguyen KV, Naviaux RK, Nyhan WL. Human HPRT1 Gene and the Lesch–Nyhan Disease: Substitution of Alanine for Glycine and Inversely in the HGprt Enzyme Protein. Nucleosides, Nucleotides and Nucleic Acids. 2017;7770(January):1–7.
Novaes GS, França HH. Gota úrica e doença cardiovascular. Rev da Fac Ciências Médicas Sorocaba. 2013;15(1):213.
Filipini DC, Gracioli MA. Artrite gotosa: um relato de caso. Discip Sci Série Ciên Biol e da Saúde. 2001;2(1):53–70.
Fellet AJ, Pinto E de OA, Barbosa LF, Afonso AF, Soares GF. Gota: como diagnosticar e tratar. Rev Bras Med. 2013;70(7):252–9.
Niesvaara DC, Aranda IL, Villa JLI, López BB. Revisión y actualización de la hiperuricemia. Med Gen. 2006;88:593–602.
Neogi T, Jansen TLTA, Dalbeth N, Fransen J, Schumacher HR, Berendsen D, et al. 2015 Gout Classification Criteria: An American College of Rheumatology/European League Against Rheumatism Collaborative Initiative. Arthritis Rheumatol. 2015 Oct;67(10):2557–68.
Macedo CG, De Azevedo E. Aspectos polêmicos do tratamento da gota. Rev Bras Med. 2005;51–4.
Brunton LL, Knollman BC, Chabner BA. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. Artmed. Porto Alegre; 2012. 2112 p.
Schlesinger N. Treatment of Acute Gout. Rheum Dis Clin North Am. 2014 May;40(2):329–41.
Khanna PP, Gladue HS, Singh MK, FitzGerald JD, Bae S, Prakash S, et al. Treatment of acute gout: A systematic review. Semin Arthritis Rheum. 2014 Aug;44(1):31–8.
Wortmann RL. Recent advances in the management of gout and hyperuricemia. Curr Opin Rheumatol. 2005;17(3):319–24.
Khanna D, Khanna PP, Fitzgerald JD, Singh MK, Bae S, Neogi T, et al. 2012 American College of Rheumatology guidelines for management of gout. Part 2: Therapy and antiinflammatory prophylaxis of acute gouty arthritis. Arthritis Care Res. 2012 Oct;64(10):1447–61.
Ribeiro A, Bogas M, Costa J, Costa L, Araújo D. Rasburicase no tratamento de gota tofácea. Acta Reumatol Port. 2009;34:551–4.
Black E, Sketris I, Skedgel C, MacLean E, Hanly JG. Adherence to Guidelines and the Screening Tool of Older Persons’ Potentially Inappropriate Prescriptions Criteria for Colchicine Dosing for Gout Treatment in Beneficiaries of the Nova Scotia Seniors’ Pharmacare Program. Clin Ther. 2015 Oct;37(10):2339–46.
Gonçalves RSG, Batista B de A, Duarte ÂLBP. Gota e hiperuricemia: formas atípicas, novos tratamentos e risco cardiovascular. Rev Bras Med. 2010;18–24.
Marion M, Bochi GV, Sangoi MB, Moresco RN. Ácido Úrico Como Fator De Risco Para Doenças Cardiovasculares E Síndrome Metabólica. Rev Bras Farm. 2011;92(1):3–8.
Altmann A. Acute tumor lysis syndrome. Semin Oncol. 2001 Apr;28:3–8.
Fields TR, Rifaat A, Yee AMF, Ashany D, Kim K, Tobin M, et al. Pilot study of a multidisciplinary gout patient education and monitoring program. Semin Arthritis Rheum. 2016 Oct;1–8.
DOI: http://dx.doi.org/10.31512/ricsb.v1i01.2470
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
ISSN: 2594-7877