Hipertensão arterial na infância: um estudo de revisão

Andressa Dias da Silva, Jaqueline Angelica de Oliveira, Isabel Cristina Immich, Cristiane de Pellegrin Kratz

Resumo


O número de casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS) cresce anualmente. Estima-se que 36 milhões de indivíduos adultos apresentem esta patologia, acarretando alto custo socioeconômico. Os fatores de risco incluem dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes mellitus. Este estudo objetivou trazer uma abordagem multidisciplinar dos fatores que contribuem para o comprometimento dos níveis normais de pressão arterial (PA) em crianças e adolescentes, além de investigar os possíveis tratamentos farmacológicos e não farmacológicos desta enfermidade. A HAS está relacionada ao aumento do número de indivíduos com sobrepeso, excesso de sódio nos alimentos, consumo precoce de álcool e com o sedentarismo. Há indícios de que a progressão desta seja consequência dos comportamentos e hábitos na infância e adolescência, que implicam na relação da hipertensão na infância com a idade adulta. Crianças com elevações de PA têm predisposição a tornarem-se adultos hipertensos, ainda, as alterações leves da pressão arterial em idades precoces se traduzem em hipertensão com lesão orgânica no adulto, podendo resultar em danos na retina, rins, coração, entre outras complicações. Desta forma, é de grande importância o manejo correto tanto do diagnostico quanto da terapêutica da hipertensão na infância, ressaltando a importância da atenção primária à saúde da criança. 

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DOI: http://dx.doi.org/10.31512/ricsb.v2i1.2667

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