EDUCAÇÃO COOPERATIVA: EXPERIÊNCIAS EM COOPERATIVAS ESCOLARES PARA PREPARAÇÃO PROFISSIONAL
COOPERATIVE EDUCATION: EXPERIENCES IN SCHOOL COOPERATIVES FOR PROFESSIONAL PREPARATION
Amanda da Rocha Balzan
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, RS, Brasil, amandabalzan@gmail.com
Vitor Kochhann Reisdorfer
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, RS, Brasil, vitork@politecnico.ufsm.br
Carla Rosane da Costa Sccott
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, RS, Brasil, carlasccott@gmail.com
Miguel Augusto Bauermann Brasil
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, RS, Brasil, miguelbrasil@ctism.ufsm.br
Wagner Nart Macedo
Universidade Franciscana – UFSM, RS, Brasil, wagner.nart@hotmail.com
DOI: http://dx.doi.org/10.31512/gesto.v7i2.3364 Recebido em: 05/10/2019 Aceito em: 12/12/2019
Resumo: O ramo educacional no cooperativismo é conhecido pelas escolas cooperativas, geralmente formadas por pais ou professores que visam proporcionar uma educação de qualidade a um preço justo, porém também inclui-se as cooperativas escolares, formadas por jovens alunos que visam ampliar seus conhecimentos através do modelo cooperativista. O objetivo do presente estudo foi analisar a influência da experiência em cooperativas escolares na preparação para a vida pessoal e profissional dos associados. O estudo deu-se na Cooperativa Escolar Bom Pastor na cidade de Nova Petrópolis/RS, através de pesquisa bibliográfica para o embasamento teórico, bem como com entrevistas semiestruturadas com os associados e pessoas envolvidas no projeto. A análise dos resultados apontou o sucesso da cooperativa, o impacto da experiência aos envolvidos e sua influência como modelo para criação das demais cooperativas escolares existentes no estado.
Palavras-chave: Cooperativismo. Cooperativa escolar. Educação cooperativa.
Abstract: The educational branch of cooperativism is known by cooperative schools, usually formed by parents or teachers who aim to provide a quality education at a fair price, but also includes school cooperatives, formed by young students who aim to increase their knowledge through the model cooperative. The objective of the present study is to observe the influence of the experience in school cooperatives in the preparation for the personal and professional life of the associates. The study was carried out at the Cooperativa Escolar Bom Pastor in the city of Nova Petrópolis / RS, through bibliographic research for the theoretical basis, as well as semi-structured interviews with the associates and people involved in the project. The analysis of the results pointed to the success of the cooperative, the impact of the experience to those involved and its influence as a model for the creation of other school cooperatives in the state.
Keywords: Cooperativism. School cooperative. Cooperative education.
O cooperativismo pode ser classificado como um modelo econômico-social que gera e distribui riqueza de forma proporcional ao trabalho de cada associado (SESCOOP/RS, 2018). Considerado pela ONU – Organização das Nações Unidas, como um modelo de negócios que constrói um mundo melhor, é através de um mesmo objetivo que pessoas se juntam e criam uma organização, as cooperativas, onde todos são donos do negócio, trazendo assim ganhos para as pessoas, para o país e para o planeta (OCB, 2018). Por estarem presentes do campo às grandes cidades, as cooperativas atuam em diversos setores, sendo assim, no Brasil, estão divididas em 07 ramos para facilitar a sua organização e representação.
Visando educar pessoas através do cooperativismo, nasceram as cooperativas escolares, compostas por jovens alunos com o objetivo de formação de novos gestores e líderes de comunidades, as quais estavam classificadas dentro do Ramo Educacional. Este ramo surgiu com a criação de cooperativas educacionais, as escolas cooperativas, que são uma alternativa a deficiência do Estado em oferecer um ensino público de qualidade e a falta de condições financeiras das famílias para pagarem por escolas particulares, agora também, a partir de março de 2019, reclassificadas para o ramo de Produção de bens e serviços.
O propósito das escolas cooperativas está, acima de tudo, a formação educacional de crianças e adolescentes e são compostas, geralmente, por professores que se organizam como profissionais autônomos prestando serviços, ou então por grupos de pais de alunos que administram a escola contratando professores, agora reclassificado para o Ramo de Consumo (MUNDOCOOP, 2019).
A construção desta pesquisa dá-se a partir da experiência prática da Escola Técnica Bom Pastor, em Nova Petrópolis/RS com a COOEBOMPA - Cooperativa Escolar Bom Pastor, formada por alunos do ensino médio e técnico que buscam através da cooperativa colocar em prática os conteúdos vistos em sala de aula, além de ampliarem seus conhecimentos quanto ao cooperativismo, liderança e empreendedorismo.
Nessa perspectiva, o presente estudo teve como objetivo geral: “Analisar a influência da experiência em cooperativas escolares na preparação para a vida pessoal e profissional dos associados, na Cooperativa Escolar Bom Pastor, situada na cidade de Nova Petrópolis/RS”.
Neste contexto, a relevância desse estudo se justifica, tendo como premissa no que tange a criação de cooperativas escolares tendo como foco o Ensino Fundamental e o Médio, possibilitando a ampliando do conhecimento sobre cooperativismo, oportunizando melhores condições de aprendizado prático, para assim construir uma sociedade mais unida baseada em princípios e valores da doutrina cooperativista.
Diante disso, a presente pesquisa contribui sobremaneira no ponto de vista teórico e prático. Teórico no sentido como uma forma de colaborar com o avanço de estudos na área de educação cooperativa e cooperativas escolares, contribuindo assim com a comunidade acadêmica e com a sociedade. Já do ponto de vista prático, pretende inspirar e auxiliar na criação de novas cooperativas e ampliar o conhecimento sobre esse formato de projeto, sendo exemplificado a partir das experiências dos participantes.
2 Revisão da literatura
Apresenta-se a seguir o suporte teórico da atual pesquisa com os temas de Educação Cooperativa, bem como o conceito de Cooperativas Escolares.
2.1 Educação cooperativa
Polonio (2004) destaca que a partir de 1849, na Alemanha, constituíam-se cooperativas de crédito e de consumo voltadas para pequenos produtores urbanos e artesãos. Apesar de várias tentativas anteriores de criação de sociedades cooperativas fracassadas e, de tantas que aconteceram na mesma época, o que fez com que a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale ganhasse tanta significância na história é o fato de ter sido fundada baseada em princípios e valores que guiam o sistema cooperativo até os dias atuais (OCB, 2018).
Com o objetivo de orientar os cooperativistas ao redor do mundo, os sete princípios são bastante claros, resumindo como essa filosofia acontece na prática. Após três atualizações buscando estarem adequados ao mundo globalizado, em 1995 no XXXIII Congresso em Manchester, a ACI - Aliança Cooperativa Internacional, redefine os princípios como são conhecidos hoje: 1º adesão livre e voluntária; 2º gestão e controle democrático; 3º participação econômica dos sócios; 4º autonomia e independência; 5º educação, formação e informação cooperativa; 6º intercooperação e 7º interesse pela comunidade (SCHNEIDER; HENDGES, 2006).
Destaca-se, considerando a proposta deste estudo, e de acordo com Schneider e Hendges (2006) a importância do quinto princípio “Educação, formação e informação”, o qual é considerado a “regra de ouro” entre os demais, a sua aplicação proporciona o melhor entendimento dos outros princípios e valores do cooperativismo. A educação cooperativa deve ser considerada em sentido amplo, não apenas a respeito da doutrina e para os cooperados, mas sim ampliando seu público alvo para a sociedade, com foco principalmente nos jovens e formadores de opinião (IRION, 1997).
A educação cooperativa, segundo Schneider (2010), pode ser entendida como um conjunto de ensinamentos, que trabalha valores, princípios e normas voltados ao cooperativismo, sendo assim, com foco para o desenvolvimento da pessoa com consciência da sua responsabilidade na sociedade, tornando-a solidária, altruísta e comprometida com a sua comunidade.
Segundo o mesmo autor, a educação cooperativa esteve presente como um dos princípios desde os pioneiros de Rochdale e, que mesmo com as adaptações nos congressos promovidos pela ACI, incluindo uns e excluindo outros, a Educação Cooperativa sempre permaneceu.
O quinto princípio do cooperativismo é intitulado como “Educação, Formação e Informação”, na sua aplicação, possui também a seguinte definição:
As Cooperativas oferecem educação e treinamento para seus sócios, representantes eleitos, administradores e funcionários para que eles possam contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento. Também informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de opinião sobre a natureza e os benefícios da cooperação. (SESCOOP/RS, 2018).
Hoje no Brasil, as cooperativas muitas vezes não reconhecem a devida importância ao princípio da Educação Cooperativa por concentrarem seu foco estritamente em objetivos econômicos (MAIA, 2009). Para Schneider (2003) a importância da educação como um mecanismo de sobrevivência da cooperativa em um ambiente de tamanha concorrência e conflito são pontos importantes que servem de reflexão:
A educação cooperativa, além de capacitar as pessoas a adquirirem um melhor conhecimento sobre o que é e o que exige a cooperação, e o que é a identidade específica das organizações cooperativas, visa igualmente atrair novos associados, reforçar e qualificar a participação dos cooperados, reciclar os funcionários para que eles possam ter um bom relacionamento com os coproprietários do empreendimento e, também, para conhecer melhor a organização na qual trabalham (Schneider, 2003, p.15).
Somente através da educação cooperativa como uma ação contínua e abrangente pode-se garantir o desenvolvimento duradouro do cooperativismo e da cooperação como uma prática diária (LAGO, 2008). “O projeto União Faz a Vida do Sicredi, é um exemplo de programa de educação cooperativa, que tem o conceito Cooperação como fator de desenvolvimento da cidadania, da solidariedade e do empreendedorismo”.
Este programa tem como objetivo formar cidadãos solidários, conscientes e lideranças cooperativas para o futuro (LAGO, 2008). Utiliza-se do 5º e 7º princípios como base, pois tem como objetivo disseminar a cultura da cooperação, práticas ambientais e empreendedorismo. Aplica-se a cooperação no dia a dia, com alunos em sua maioria de educação infantil e ensino fundamental, através de atividades interdisciplinares tais como: resgate de valores e culturas locais; ética e cidadania; cultivo de hortas escolares e preservação do meio ambiente.
2.2 Ramo Educacional e as Cooperativas Escolares
O então Ramo Educacional contava, de acordo com os dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB, 2018), com aproximadamente 270 cooperativas e em torno de 53.403 cooperados. A primeira experiência brasileira e latino-americana da área Educacional, surgiu em 1948, em Minas Gerais, com as Escolas Reunidas Cooperativa Ltda, fundada por professores. Porém, a expansão deste segmento só aconteceu na década de 90, quando foram constituídas mais de 80 novas cooperativas no Brasil. O crescimento tão rápido de escolas cooperativas foi um reflexo da má qualidade do ensino oferecido pelo Estado, o alto preço das escolas particulares e a baixa remuneração dos professores. Sendo assim, a criação de escolas cooperativas por pais, professores e alunos foi a alternativa encontrada para melhorar a educação. (OCB, 2018)
As cooperativas escolares, diferentemente de uma cooperativa escola, são formadas por alunos dentro da escola, orientados por um professor e em muitos casos com o apoio de cooperativas da região. As cooperativas escolares funcionam como uma espécie de laboratório de aprendizagem para os jovens, aliando conhecimentos a respeito do cooperativismo e empreendedorismo com os conteúdos de sala de aula, como português e matemática nas práticas da cooperativa.
As cooperativas escolares são uma proposta de melhoria da educação e de uma formação que contribua com o desenvolvimento de futuros líderes, gestores, empreendedores, e cidadãos com responsabilidade e participação através da vivência de um modelo cooperativo sustentável (SICREDI REGIÃO CENTRO, 2018).
No ano de 2010, embora já existissem cooperativas escolares no estado do Rio Grande do Sul, foi quando a iniciativa começou a tornar-se mais conhecida, devido ao acordo de irmandade entre a capital do cooperativismo no Brasil, Nova Petrópolis, e a capital do cooperativismo na Argentina, Sunchales. Através dessa parceria e do apoio da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis, o cooperativismo passou a ser a base de aprendizado nas escolas, atraindo o apoio de projetos como o União Faz a Vida, do Sicredi. (CASA COOPERATIVA, 2018)
A primeira cooperativa constituída no formato visto em Sunchales foi a Cooebompa, pertencente à Escola Técnica Bom Pastor, fundada em 18 de novembro de 2010, com o objetivo da educação e promoção dos princípios e cultura cooperativista, além de estimular os valores da cooperação entre seus associados. Em resumo, a ideia é que a cooperativa seja um laboratório de aprendizagem a partir dos exemplos dos Pioneiros de Rochdale e do histórico de experiências vividas em Sunchales, na Argentina.
A Escola Técnica Bom Pastor, desde o início comprometeu-se em incentivar a prática cooperativa desenvolvendo nos alunos cooperados o entendimento do papel das cooperativas e o significado da dimensão econômica e social e, além disso, a valorização dos ser humano como o maior capital de uma cooperativa e de uma escola (COOEMBOMPA, 2018).
Cada cooperativa escolar possui um objeto de aprendizagem, o qual é produzido pelos associados e comercializado, buscando do início ao fim do processo o aprendizado antes do retorno financeiro. No caso da Cooebompa, a produção dá- se com mandalas do cooperativismo, cartões sementes, álcool gel e a máquina de café. Todos os objetos passam por um estudo e pesquisa com a comunidade escolar antes de tornar-se parte do portfólio de produtos.
Além disso, possuem outras atividades como oficinas de reciclagem, oficinas de comunicação e liderança, curso de cooperativismo escolar, curso de gestores mirins e convênio com a reprografia da escola. O curso de formação básica em cooperativismo escolar é ofertado para todos os associados, porém para membros da diretoria, conselhos e para professores envolvidos com as atividades, tem caráter obrigatório, totalizando 40h aulas. O curso e o projeto têm por finalidade fomentar a convivência, o respeito, a solidariedade, a justiça social, a igualdade, a autonomia, a cooperação e a realização de objetivos comuns.
A Cooebompa é formada por jovens do ensino médio e do curso técnico em agropecuária, tendo grande importância na história do cooperativismo escolar do estado, atualmente serve como modelo para mais de 100 novas cooperativas e só na região já se contabilizam 41 cooperativas escolares. Os jovens realizam um total de três reuniões mensais, sendo uma entre membros da diretoria, uma do conselho fiscal e por fim um momento em que conselho e diretoria se reúnem buscando alinhar suas ações.
3 Metodologia
3.1 Caracterização do método da pesquisa
O presente estudo classifica-se como uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, onde foi realizado um estudo de caso, no qual foi concretizado por meio de entrevistas e observação direta.
Para Creswell (2010) a etapa exploratória é recomendada quando há poucos estudos nos quais se podem buscar informações sobre a questão ou problema, ou ainda, para reunir ideias e conhecimentos sobre determinada temática, para em um estágio posterior, realizar uma investigação mais rigorosa. Desse modo, nesta fase, foram observadas e identificadas as práticas da cooperativa escola com relação aos fatores que podem influenciar na vida pessoal e profissional dos associados.
Já a abordagem qualitativa compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam a descrever e a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados (NEVES, 1996). Nesta etapa, buscou-se observar os impactos da experiência da cooperativa escolar Cooebompa com os atuais membros da diretoria da cooperativa, egressos, professores e incentivadores do projeto, para então ter a base para uma visão mais ampla e completa sobre as influências da atividade na vida pessoal, profissional e escolar. Na ótica de Gil (2012) a pesquisa de campo, consiste na utilização de um ou mais métodos qualitativos de recolha de informação e não segue uma linha rígida de investigação.
3.2 Coleta de dados
Na coleta de dados foram realizadas entrevistas e observação direta. As entrevistas foram realizadas, no mês de novembro de 2018, com três atuais membros da cooperativa, sendo dois egressos, o diretor da escola e um dos conselheiros da Casa Cooperativa e também o vice-presidente da Sicredi Pioneira.
Para realização das entrevistas foi utilizado um roteiro semiestruturado, onde os questionamentos estavam o objetivo desse estudo. Sua estrutura deu-se em 10 questionamentos fechados e perguntas abertas para proporcionar um ambiente espontâneo de respostas por parte dos entrevistados. Para Sampieri, Collado e Lucio (2013) a técnica de entrevista permite o pesquisador absorver com mais profundidade os fenômenos em questão, proporcionando maior informações a respeito da problemática em questão.
Dessa forma, as entrevistas foram gravadas com aparelho celular, com a autorização dos participantes e, posteriormente, transcritas na ferramenta Microsoft World para a realização a próxima etapa que diz respeito a análise e interpretação dos resultados. Neste processo os respondentes foram selecionados criteriosamente de acordo com seus cargos e conhecimento para que o objetivo desse estudo fosse atendido em sua plenitude.
Por fim, observação direta, segundo Quivy et al. (2000, p. 197), “apresenta o objetivo de captar os comportamentos no momento em que os mesmos se produzem e em si mesmos, sem a mediação de documentos ou testemunhos posteriores”.
3.3 Análise e interpretação dos dados
Para a análise e interpretação dos dados, foi adotada como referência a técnica de análise de conteúdo, definido por Creswell (2010), como uma técnica para ler e interpretar o conteúdo de qualquer material procedente de comunicação verbal ou não verbal.
Nesse sentido, Vergara (2015) define três etapas para analisar o conteúdo da pesquisa, sendo a primeira a pré-análise, na qual se seleciona o material e quais procedimentos a serem seguidos. Com base nessas técnicas, entende-se atendidas as condições primordiais para promover a análise das informações obtidas.
Por sua vez, Cooper e Schindler (2003) contemplam que a análise corresponde ao processo de constatação, verificação e conclusão a respeito de um item de estudo específico. Durante a realização desse processo, foram adotadas algumas técnicas como: classificação, categorização, tabulação e, essencialmente, análise de conteúdo. Para que este item fosse desenvolvido, foi utilizado o método dedutivo, com o objetivo de verificar a influência da experiência em cooperativa escolar na preparação pessoal e profissional dos associados.
A próxima etapa, na qual se implementa os procedimentos, chamada de exploração do material, a última etapa, que diz respeito ao tratamento e interpretação dos resultados.
4 Resultado e discussão
4.1 Cooperativa escolar Bom Pastor - COOEBOMPA
A COOEBOMPA, foi fundada pelos imigrantes alemães que se fixaram na Linha Brasil, interior de Nova Petrópolis, a partir da segunda metade do século XIX. No ano de 1898, criaram a Schullgemeinde - escola, igreja e casa do professor, o núcleo inicial que marcou a colonização alemã, dando origem à Escola Bom Pastor (COOEBOMPA, 2018).
A trajetória da Escola Bom Pastor se tornou mais conhecida a partir de 1922, com a chegada do Pastor Paulo Evers, natural da Alemanha, à Linha Brasil. Aqui o pastor exerceu seu ministério religioso e educacional até 1978, sempre valorizando o trabalho comunitário. Pastor Paulo Evers, por sua luta e perseverança, tornou-se um exemplo a ser seguido e o grande idealizador da escola, envolvendo sua família e mobilizando toda a comunidade em torno da causa educacional (COOEBOMPA, 2018).
Com a visão de um empreendedor na educação, seu projeto começa a ganhar forma com a criação da Associação Educacional Linha Brasil, em 1953, o início do curso ginasial e funcionamento do internato de alunos, em 1955, e anos mais tarde, em 1966, com a criação da Escola Agrícola; preocupado com a situação de pobreza do agricultor - queria levar aos agricultores, novas técnicas para o cultivo da terra através da instrução dos filhos (COOEBOMPA, 2018).
A escola técnica Bom Pastor, mantém atualmente o ensino infantil, fundamental, médio e os cursos técnico em agropecuária, paisagismo e agrimensura. Além disso, a escola conta com uma equipe própria com mais de 30 pessoas distribuídas Sendo eles: 12 membros de diretoria, presidente e vice-presidente, primeiro e segundo secretários, primeiro e segundo tesoureiros, três conselheiros e três diretores distintos por atuação como produção, consumo e cultura e divulgação. Além disso, a cooperativa conta com seis membros de conselho fiscal, sendo três efetivos e três suplentes. O número de associados atualmente é de 85 alunos, estudantes do ensino médio e técnico.
Desse modo, inicialmente, buscou-se investigar se todos os entrevistados escolhidos criteriosamente, pela indicação da equipe diretiva, se tinham conhecimento sobre os motivos pelos quais a cooperativa foi constituída e como se deu sua constituição. Para Zylbersztajn (1994), as sociedades cooperativas são organizações coletiva, pautada em princípios cooperativistas, cujo seu propósito é buscar pessoas com atitudes e comportamento que estejam de acordo com a filosofia cooperativista fortalecendo suas práticas diárias. Nesse sentido, justiça a relevância de toda equipe ter o pleno conhecimento do propósito cooperativistas.
Dentre os sete entrevistados, três participaram do processo de constituição, porém, todos tinham conhecimentos claros sobre a história e motivos que trouxeram o surgimento da COOEBOMPA em 18 de novembro de 2010. A partir dos dados coletados, ficou evidente que os maiores motivos estão relacionados ao aprendizado e a oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional através de práticas de empreendedorismo, liderança e trabalho em equipe.
Durante as entrevistas, ficou perceptível que o processo constitutivo da COOEBOMPA foi bastante rápido, visto que, a visita à Sunchales foi em agosto do mesmo ano da fundação. Um grupo de jovens, que futuramente seriam associados, juntamente com alguns professores e incentivadores do projeto foram até a Argentina para conhecer de perto a realidade das cooperativas escolares existentes, como funcionavam seus processos na prática, para então adaptar à realidade de Nova Petrópolis e engajar mais pessoas para essa nova experiência, até então sem a certeza que poderia funcionar.
4.2 O cooperativismo e os benefícios da Cooperativa
Com o intuito de atender ao propósito traçado no início desse estudo, no qual diz respeito em: “Analisar a influência da experiência em cooperativas escolares na preparação para a vida pessoal e profissional dos associados, na Cooperativa Escolar Bom Pastor, situada na cidade de Nova Petrópolis/RS”. Nesse sentido, foi realizado um segundo questionamento com relação a essência do cooperativismo e posteriormente sobre os benefícios econômicos e sociais da cooperativa.
Os respondentes disseram entender o cooperativismo como algo amplo, uma doutrina a ser seguida e disseminada, podendo ser exemplificado em ajudar o outro e visar o bem comum de toda a comunidade. Além disso, os respondentes destacaram o cooperativismo como um modo de viver em sociedade, aplicando os princípios cooperativistas nas atitudes e na forma de se relacionar com o outro.
Quanto aos benefícios socioeconômico que a cooperativa escolar traz e a sua importância, ficou perceptível que a mesma é vista por todos os entrevistados como uma grande oportunidade dentro da escola em um formato de laboratório de aprendizagem. Para Stefano, Zampieri e Grzeszczyszyn (2006) as cooperativas buscam constantemente o equilíbrio entre o social e o econômico, desempenhando ações para fortalecer o associado e trabalhando no desenvolvimento local onde a mesma está inserida, através da arrecadação de impostos, bem como fonte de rende e de inserção social.
Os entrevistado acreditam também que através da cooperativa é possível desenvolver melhor as habilidades, tais: liderança, capacidade de comunicação, responsabilidade e empreendedorismo. Ademais, destacam a possibilidade de conhecer pessoas e outras realidades através das visitas que recebem e das viagens que participam, tudo isso possibilitando uma maior preparação para o mercado de trabalho.
4.3 Motivação e o sentimento com a cooperativa
Com relação a motivação e o sentimento com a cooperativa, os entrevistados responderam, o que os motivaram também participar de uma organização cooperativa é a “influência de amigos que já participavam; exemplos de sucesso em outras cooperativas; o fato de se encantar com a apresentação da cooperativa e a oportunidade única de aprender coisas novas e conhecer pessoas”.
Destaca-se que dentre os cinco associados (atuais e egressos) entrevistados, três deles já haviam participado de cooperativas escolares em outras escolas durante o ensino fundamental, ponto este que demonstra a força e presença que este projeto tem na região.
Os estudantes, quando questionados a respeito dos sentimentos que tinham em relação a experiência com a COOEBOMPA, transformou-se em um momento de emoção entre todos os entrevistados destacando como principal sentimento a gratidão. Eles demonstraram-se gratos à cooperativa e ao cooperativismo por terem se tornado pessoas melhores em sociedade, mais interessados em estudar e aprender, citando também o amor e alegria por trabalharem com algo que gostam.
4.4 Os princípios e a formação mais cidadã
Na sequência, questionou-se a relação que os respondentes acreditam ter entre os princípios cooperativistas e uma formação mais cidadã dos jovens. Os respondentes acreditam ser uma relação direta, pois se os alunos associados entendem os princípios podem aplicá-los no dia a dia, tornando-se pessoas mais preocupadas com a comunidade, ajudando uns aos outros, entendendo as diferenças de opiniões e também sabendo gerenciar suas finanças. Destacou-se também que, estudar e praticar os sete princípios do cooperativismo é algo que não se esgota com o passar do tempo.
Na sequência, indagou-se o que os entrevistados acreditam ser necessário fazer para que mais jovens tenham essa visão cooperativista. Todos entendem ser um desafio essa questão, pois muitos jovens não se interessam em sair da sua zona de conforto, o que impede de participarem de projetos e ações que visem algo além do benefício individual. Para Lago (2008), a atuação profissional em organizações cooperativas, além de ensinar uma profissão através das rotinas diárias, é também proporcionar que o jovem entre contato com a cultura cooperativista, que é pautada em valores como igualdade, solidariedade, honestidade e transparência, complementando uma formação cidadã.
Os entrevistados compreendem também, que muitos jovens não participam da cooperativa por não terem conhecimento do que de fato é feito e proporcionado dentro do cooperativismo, para isso destacam que a educação cooperativa é uma forma de atingir mais pessoas, além de agir no seu meio, com a família e amigos. Explicar o cooperativismo, dar exemplos e conversar com as pessoas foram exemplos de estratégias que os entrevistados julgam ser úteis para atingir esse objetivo.
4.5 Expectativas sobre futuro das cooperativas escolares
Com relação às expectativas, quanto ao cenário das cooperativas escolares e o futuro da COOEBOMPA, todos acreditam que a tendência é crescer e expandir cada vez mais devido ao sucesso das existentes, o que vem despertando o interesse de outras pessoas em levar esse projeto para suas escolas e cidades. Em Nova Petrópolis se percebeu claramente, em diversos momentos, o incentivo à disseminação e criação de mais cooperativas escolares no estado e no Brasil, através de eventos sobre cooperativismo, capacitação de professores e coordenadores.
Esses incentivos partem principalmente da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis, de projetos de cooperativas da região como o União Faz a Vida do Sicredi, além dos serviços de consultoria que o professor coordenador e um dos fundadores da Cooebompa, oferece para auxiliar na criação e manutenção de cooperativas escolares.
Para finalizar, buscou-se entender o que os respondentes julgam necessário para otimizar a criação de novas cooperativas escolares. Alguns pontos levantados foram: ter uma pessoa liderando esse processo e engajando as demais, para assim dividir as tarefas e conseguir realizar; fazer a capacitação desses líderes, sejam eles professores, responsáveis pela secretaria de educação da cidade ou então representantes de cooperativas apoiadoras; e fazer intercâmbios com cooperativas escolares em funcionamento para conhecer a realidade.
Todos respondentes acreditam que o trabalho deva ser feito aos poucos, conversando, apresentando o projeto e mostrando resultados. Outro ponto muito importante é a manutenção das cooperativas já existentes, para que não se perca o trabalho desenvolvido até então e para que estas sirvam de modelo e de auxílio para as novas.
4.6 A importância do orientador e a mudança dos estudantes
Destaca-se a figura do orientador como um elemento muito importante, apesar de a escola dever estar sempre pronta para dar auxílio, é este o professor que vai ser encarregado de engajar os demais. Ele precisa ser o elo entre os estudantes e o restante da equipe pedagógica, para que os demais professores também entendam a importância do projeto e possam incentivar e ajudar os alunos, tanto nos projetos quanto entendendo a necessidade de ceder espaço das aulas ou a possível ausência de algum cooperado quando envolvido com a cooperativa.
Ainda há uma resistência por parte de alguns professores que não compreenderam que a cooperativa escolar é uma ferramenta que pode transformar o estudante em uma pessoa mais interessada, responsável e engajada, refletindo isso na sala de aula.
Os entrevistados destacam a percepção de mudança de comportamento dos estudantes, principalmente em questões referentes a um perfil de liderança que se constrói na cooperativa.
Em alguns casos, o impulsionamento que a cooperativa proporciona é surpreendente. Um dos entrevistados acredita que essa mudança se torna parte do estudante, pois envolve amor e emoção em relação ao cooperativismo e que ao longo da sua trajetória profissional esses sentimentos serão reativados sempre que trabalharem com atividades que despertem tamanha dedicação e interesse.
4.7 Porque apoiar cooperativas escolares
Em relação ao apoio que a Cooperativa Escolar Bom Pastor recebe de outras cooperativas, como a Sicredi Pioneira, buscou-se entender o que motiva essas intuições a fomentar esse projeto. Na concepção Irion (1997), as cooperativas escolas ganham notoriedade, uma vez que lições de cidadania, democracia e empreendedorismo aprendidas na escola, serão levadas para fora dela, ou seja, são ensinamentos e aprendizagem além da sala de aula que servem para tornar um sociedade mais responsável e comprometida com o bem-estar comum transformados pelo cooperativismo.
Em sua fala, o vice-presidente da Sicredi Pioneira, acredita que o incentivo à educação vem do berço do cooperativismo de Nova Petrópolis, devido à importância que o Padre Theodor Amstad (pioneiro do cooperativismo de crédito) dava à essa questão.
Além disso, destaca que a mudança do mundo para melhor pode acontecer somente através da educação, e por este motivo a Sicredi apoia as cooperativas escolares, através de seus recursos de fundos sociais, acreditando firmemente no proposito educativo, com muita atenção e paixão por ajudar na construção de um mundo mais cooperativo.
Hoje a Sicredi Central também demonstra interesse em apoiar o cooperativismo escolar e, através do projeto União Faz A Vida, torna-se ainda mais propício o trabalho, pois já possuem assessores capacitados para desenvolver projetos dentro das escolas.
Os entrevistados demonstraram-se bastante esperançosos com o futuro por acreditarem que o jovem que participa de uma cooperativa escolar irá tornar-se um líder, empresário, dirigente e político melhor capacitado e trabalhando com base nos sete princípios do cooperativismo independente de ser em uma cooperativa ou não.
5 Considerações finais
Esse estudo teve como objetivo geral: “Analisar a influência da experiência em cooperativas escolares na preparação para a vida pessoal e profissional dos associados, na Cooperativa Escolar Bom Pastor, situada na cidade de Nova Petrópolis/RS”. Ficou perceptível que aa Cooperativa Escolar Bom Pastor transparece, a partir de seus representantes entrevistados, bem como demais pessoas envolvidas com o projeto, o interesse em compartilhar sua história e experiência no cooperativismo escolar.
Por isso, buscou-se com esse trabalho documentar e possibilitar a sua propagação no meio acadêmico, que, de acordo com o objetivo do trabalho, “observar a influência da experiência em cooperativas escolares na preparação para a vida pessoal e profissional dos associados”, optou-se por compilar os resultados das questões abordadas, trazendo a visão de todos os entrevistados de forma integrada, assim, acredita-se que o entendimento através de tópicos seja facilitado.
A educação cooperativa, através das cooperativas escolares, pode ser vista com uma ferramenta que agrega valor na formação dos jovens, possibilitando o desenvolvimento de habilidades que na educação formal, pública e privada, muitas vezes não é encontrada na medida que se considera adequada.
Acredita-se, a partir da análise das entrevistas, ter-se atingido o objetivo principal que foi observar a influência da experiência em cooperativas escolares na preparação para a vida pessoal e profissional dos associados. Além disso, a possibilidade de realizar as mesmas dentro da Cooebompa, vivenciando a cultura cooperativa da cidade de Nova Petrópolis, proporcionou maior entendimento da importância desse projeto.
A pesquisa justificou-se com o intuito de contribuições acadêmicas sobre o tema e com a intenção de auxiliar na criação de novas cooperativas escolares, ampliando o conhecimento sobre esse formato de projeto através dos relatos práticos.
Conclui-se que uma forma eficaz de propagação desse formato de cooperativas se faz por meio do exemplo de experiências bem-sucedidas, mas, por também, de outro modo, através da comunicação entre as pessoas, irradiando o sentimento e o entendimento do que é o verdadeiro cooperativismo.
O contato direto e muitas vezes informal de um cooperado, professor ou apoiador de uma cooperativa escolar, consegue cativar outras pessoas, despertando assim o interesse em fazer parte do cooperativismo e também disseminar a ideia.
O que também motiva a continuação e propagação dessa forma de aprendizado são as expectativas quanto ao crescimento do cooperativismo escolar através das capacitações, consultorias especializadas e a intercooperação tão presentes em Nova Petrópolis.
Como mencionado nas entrevistas, basta uma pessoa interessada levar a visão do cooperativismo escolar para sua cidade ou escola, que consiga um grupo que compartilhe o modo de viver cooperativo, e, através do conhecimento sobre cooperativa escolar, tem-se então o embrião, a semente que poderá resultar em uma possível constituição de uma nova cooperativa, contribuindo com a formação cidadã de jovens em uma filosofia mais justa e solidária.
O cooperativismo tem sua força na coletividade e na união em prol do bem comum. Utilizando-se dos sete princípios como guia, certamente a caminhada em busca de uma formação mais humana dos jovens, pode ser alcançada com sucesso.
Assim, a sugestão para estudos futuros é ampliar essa pesquisa em outras cooperativas escolares, possibilitando obter mais informações a respeito das atividades cooperativistas e como estas podem estar transformando vidas e oportunizando o desenvolvimento cidadão e profissional, proporcionando esse equilíbrio tão esperado por uma sociedade, com ações mais justa, respeitosas e igualitárias.
Referências
CASA COOPERATIVA - Casa Cooperativa de Nova Petrópolis/RS. Cooperativas Escolares. Disponível em: http://www.capitaldocooperativismo.com.br/cooperativismo/escolares.asp. Acesso em 10 out. 2018.
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Programa de Pós-Graduação em Gestão Estratégica de Organizações - PPGGEO - Mestrado Profissional da URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Santo Ângelo | Revista Gesto | ISSN 2358-0216 | Rua Universidade das Missões, 464, prédio 06 | CEP 98802-470 | Santo Angelo-RS | revistagesto@san.uri.br
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