A SOCIEDADE BUSCA VALORES: ADMINISTRAÇÃO DE BENS APREENDIDOS E CONFISCADOS EM PROCESSOS QUE APURAM CORRUPÇÃO

Ricardo Andrade Saadi, Diogo de Oliveira Machado

Resumo


O artigo se dedica a explorar os valores patrimoniais e extrapatrimoniais envolvidos em casos de corrupção. A correlação entre tais valores permite a defesa de que a recuperação dos recursos desviados por práticas ímprobas seja capaz de mitigar os efeitos deletérios do crime, sob a perspectiva social, econômica e política. A complexidade do crime exige do Estado estratégias inovadoras para enfrentá-lo de modo a, simultaneamente, desestimular a prática ilícita e reparar os danos dela decorrentes. Para tanto, o ordenamento jurídico nacional disponibiliza ferramentas de natureza penal, civil e administrativa que, sem se confundirem, contribuem para uma abordagem abrangente de um problema que exige respostas sofisticadas. A comunidade internacional sugere o confisco de bens como estratégia privilegiada para reagir à corrupção, por ser medida que afeta o lucro, objetivo principal do criminoso econômico. O confisco só será possível, contudo, caso se adotem medidas cautelares para preservar o valor dos bens enquanto se desenvolve o respectivo processo judicial. A constrição temporária desses bens os leva à custódia do Estado, que assume a responsabilidade de administrá-los de maneira economicamente eficiente, sob pena de sua intervenção significar o agravamento de uma situação já precária. O gerenciamento de bens é o tema central do artigo, que aborda os principais desafios para pensar soluções criativas e inovadoras de alcançar os melhores resultados no enfrentamento à corrupção.

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DOI: http://dx.doi.org/10.31512/rdj.v15i25.1720

                 

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ISSN: 2178-2466