A TERRA COMO MEIO DE ESPECULAÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO

Andreza Aparecida Franco Câmara

Resumo


   O presente artigo analisa a atividade imobiliária na cidade estabelecida como uma posição do setor empresarial em relação às formas de produção de moradia. Considerando o processo de inclusão do setor imobiliário sob a óptica da revalorização do capital nas mãos de poucos, relaciona o eixo socioeconômico de regulamentação da propriedade imobiliária e a integração entre os mecanismos de distribuição e gerenciamento do solo. A exploração da terra reflete, sob diversos ângulos, a cultura do capitalismo, ressaltando o papel do solo como mercadoria, por meio da distribuição da riqueza e acentuando as desigualdades sociais como fenômeno resultante da constituição da estrutura espacial fortemente estratificada e segregada. A concentração de famílias que vivem no limite e/ou abaixo da chamada “linha da miséria” na periferia da cidade é a conseqüência imediata da valorização do solo em áreas nobres e da “expulsão” de parte da população que não tem recursos para adequar suas moradias aos padrões instituídos por lei. Portanto, a propriedade imobiliária é estudada neste artigo como um fator que leva à valorização do capital na produção da moradia, tendo como ponto de partida a cidade do Rio de Janeiro.

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DOI: http://dx.doi.org/10.31512/rdj.v11i16.704

                 

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ISSN: 2178-2466